STF pede que Silvio Almeida preste esclarecimentos sobre Me Too

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em 26 de março, que Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, seja notificado pessoalmente para esclarecer suas declarações sobre o Me Too Brasil, organização que apoia vítimas de assédio sexual. A notificação estabelece que Almeida tem 15 dias para responder, embora não seja obrigado a prestar esclarecimentos.

A ação foi movida após a organização e sua presidente, Marina Ganzarolli, protocolarem queixas-crimes contra o ex-ministro por difamação. O processo está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia. De acordo com a acusação, Almeida teria usado recursos públicos para atacar a organização durante o período em que surgiram as primeiras denúncias de assédio sexual contra ele.

Em setembro de 2024, o Me Too Brasil divulgou denúncias anônimas de assédio e importunação sexual contra Almeida, incluindo alegações envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Após a repercussão, Almeida foi demitido por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-ministro repudiou as acusações publicamente, qualificando-as de “mentiras” e “ilações absurdas”.

Em entrevista recente, Almeida manteve sua posição de negar as acusações, afirmando que ele e Anielle Franco foram vítimas de intrigas e manipulações políticas, descritas como “armadilhas” de fofocas.


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