Magistrados da Suprema Corte da Venezuela, juntamente com especialistas e observadores internacionais, estiveram nas instalações do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas, neste domingo (18), para dar início à validação das atas de votação das eleições presidenciais de 28 de julho.
De acordo com a agência Reuters, as autoridades foram conduzidas à área de gestão do Centro de Totalização, onde, com o suporte de técnicos do CNE, começaram a verificar a correspondência entre os talões físicos e os digitais para confirmar a exatidão dos resultados.
O processo, transmitido pela TV governamental venezuelana, teve início um dia após a oposição política e seus apoiadores realizarem manifestações em diversas cidades do país, exigindo o reconhecimento do que consideram ser a vitória expressiva de seu candidato nas eleições.
No dia seguinte à votação, o CNE anunciou que o ditador venezuelano Nicolás Maduro havia conquistado seu terceiro mandato com pouco menos de 52% dos votos.
A Suprema Corte, considerada como um braço de Maduro, informou que ainda está verificando os resultados, mas destacou que a oposição não apresentou provas de suas contagens.
Em uma carta enviada ao presidente dos EUA, Joe Biden, 30 ex-chefes de Estado afirmaram que Nicolás Maduro está tentando ganhar tempo e se aproveita do controle que exerce sobre as autoridades venezuelanas para manter-se no poder. O grupo também rejeitou a possibilidade de novas eleições no país.
O documento, assinado na sexta-feira (16), contou com o apoio de membros do grupo Ideia, entre eles os ex-presidentes Álvaro Uribe, da Colômbia, Guillermo Lasso, do Equador, e Maurício Macri, da Argentina.
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