As autoridades americanas divulgaram, na madrugada desta quinta-feira (27), informações sobre o cidadão afegão suspeito de ter atirado em dois soldados da Guarda Nacional, em Washington, perto da Casa Branca, na véspera. O homem trabalhou para o exército americano e para a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) em Cabul.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA identificou o suspeito como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos. Segundo a imprensa americana, ele solicitou asilo em 2024, durante o governo do presidente Joe Biden. O pedido foi aceito em abril de 2025 pela administração de Donald Trump.

O líder republicano confirmou que o suspeito chegou ao país em setembro de 2021, quando as tropas americanas deixaram o Afeganistão. As forças dos Estados Unidos atuaram no território afegão durante cerca de 20 anos, entre outubro de 2001 e agosto de 2021, em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro.
Trump sublinhou que o ataque foi cometido por “um estrangeiro”, o que levará seu governo a “reavaliar” os afegãos que desembarcaram no país durante o governo de seu antecessor, Joe Biden.
“Foi um ato de maldade, um ato de ódio e um ato de terrorismo”, disse Trump na Flórida, onde passará o feriado do Dia de Ação de Graças, comemorado em 27 de novembro. Na rede social Truth Social, o republicano se referiu a Lakanwal como “um animal” e garantiu que ele “pagará caro”.
Detalhes sobre as motivações de Lakanwal não foram reveladas até o momento. No entanto, a prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, descreveu o ato como um “ataque a tiros direcionado”.
O diretor do FBI, Kash Patel, informou que os dois soldados ficaram gravemente feridos, corrigindo versões errôneas que anteriormente indicaram que eles haviam morrido. “Dois dos nossos valentes membros da Guarda Nacional foram atacados em um ato horrível de violência. Eles foram atingidos por disparos. Estão em estado crítico”, declarou Patel em uma coletiva de imprensa.