O investigador André Luis Barbalho de Toledo perdeu seu cargo na Polícia Civil de São Paulo. Toledo fazia parte de um grupo que chegou a forjar uma delegacia da Polícia Federal para chantagear uma empresária idosa suspeita de sonegação fiscal. Ele foi preso por extorquir R$ 5 milhões da vítima em Rio Claro. Informação do colunista Paulo Capelli, do portal Metrópoles.
A decisão pela perda do cargo público foi do governador Tarcísio de Freitas, depois que o último recurso apresentado pelo agente de polícia foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).
O grupo integrado por Toledo era formado por oito pessoas, entre elas policiais civis, advogados e empresários. A extorsão começou em 2014 e se estendeu por três anos. Os envolvidos aproveitavam o temor da empresária em ser presa para extorquir quantias altas de dinheiro.
Segundo relato da empresária Sueli Aparecida Concolato Maluta, então com 69 anos, à Justiça em acordo de delação premiada, Toledo foi quem deu início à extorsão. Em junho de 2014, o investigador entrou em contato com ela para informar que o “delegado” que conduzia as ações de sonegação fiscal, Marcos Garcia Fuentes, estaria pedindo a quantia de R$ 100 mil para evitar problemas para a empresária.
Naquele primeiro ano de chantagem, Sueli teria pago cerca de R$ 400 mil ao delegado. Por intermédio de Fuentes, ela conheceu um advogado e outro empresário, com quem passou a se aconselhar. Em 2016, foi conduzida a um prédio com os símbolos da Polícia Federal.
Naquela ocasião, sob pressão, desembolsou mais R$ 800 mil para o grupo. Mais tarde, descobriu que a delegacia da PF era falsa e denunciou a extorsão.
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