Na última terça-feira, O TCU arquivou um processo que investigava o pagamento de propinas ao PT, no esquema da Petrobras, por meio de doações eleitorais da empreiteira Camargo Corrêa.
O caso em questão apurava repasses de 42 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Na Lava-Jato, delatores afirmaram que a propina negociada em contratos da Petrobras era paga ao partido por meio de doações de campanha. Os ministros decidiram arquivar o caso porque não identificaram provas de envolvimento do PT com a fraude no contrato da construtora com a petroleira.
“O Tribunal de Contas da União encerrou mais um processo instaurado contra o Partido dos Trabalhadores decorrente dos ilegais desdobramentos da Operação Lava-Jato. Após quatro anos de apuração, a Corte de Contas reconheceu a inconsistência das alegações realizadas e a absoluta regularidade das doações recebidas pelo partido, afastando um suposto débito de 42 milhões de reais”, diz o advogado Angelo Ferraro.
A advogada Sthefani Rocha, que também atuou na causa, diz que o TCU “reconheceu que as alegações formuladas contra o Partido dos Trabalhadores, no curso da Operação Lava-Jato, que resultaram na instauração do processo, contavam apenas com indícios que, como esperado, não puderam ser corroborados por outros elementos probatórios”.