Tensão com EUA: Maduro afirma que Jesus Cristo é o “dono da Venezuela”

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, liderou nesta terça-feira (19) um encontro de oração pela paz, em meio às tensões com os Estados Unidos devido ao deslocamento militar norte-americano no mar do Caribe, e declarou Jesus Cristo como “senhor e dono” do país sul-americano.


O ato, realizado no Palácio de Miraflores (sede do Governo) e transmitido pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), contou com a participação de pastores evangélicos, da primeira-dama Cilia Flores, além do deputado e vice-presidente de Assuntos Religiosos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Nicolás Maduro Guerra, filho de Maduro.

“Saibam que este palácio presidencial, de fato, é o palácio do povo e, a partir de hoje, é um altar para glorificar a Deus, para que o povo glorifique a Deus, um grande altar de oração e de força”, afirmou Maduro durante o chamado “Encontro Binacional de Oração pela Paz”.

O ditador leu um manifesto no qual reafirmou Jesus Cristo como “senhor e dono” da Venezuela.

Ele também lembrou que a Venezuela garante a liberdade de culto, prevista na Constituição de 1999, mas ressaltou que, como cidadão e presidente, se “radicaliza” com Cristo.


“Reconheço o único Deus real e verdadeiro, o único que adoro e honro, o Pai, o Filho e o Espírito Santo que protege e protegerá nossa pátria”, reforçou o chefe de Estado, que defende o diálogo e a diplomacia com Washington.

A tensão entre Venezuela e EUA vem aumentando desde agosto, com a mobilização aérea e naval norte-americana — que inclui o maior porta-aviões dos EUA — no Caribe. A Casa Branca defende a operação como combate ao narcotráfico, enquanto Caracas a classifica como “ameaça” e tentativa de promover mudança de regime.

Na segunda-feira, Maduro afirmou que atacar “militarmente” a Venezuela seria o “fim político” do presidente dos EUA, Donald Trump, que reiterou não descartar nenhuma opção em relação a uma possível intervenção em território venezuelano.

Segundo o líder chavista, há “um empenho de setores de poder nos Estados Unidos para destruir o presidente Trump” envolvendo dois temas: o caso do pederasta Jeffrey Epstein e a Venezuela.

Maduro também se declarou disposto a conversar “cara a cara” com Trump, que afirmou estar aberto ao diálogo com o sul-americano.

No domingo, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que designará, a partir de 24 de novembro, o Cartel de los Soles — grupo vinculado a Maduro — como organização terrorista estrangeira (FTO, em inglês).

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