O TikTok planeja encerrar, no próximo domingo (19), sua operação nos Estados Unidos. Caso seja confirmada a decisão, o aplicativo de vídeo curtos encerra uma situação que teve início com um projeto de lei sancionado em abril de 2024, por Joe Biden, que determinava a venda do serviço para continuar operando em território americano. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
A saída total do aplicativo nos EUA também representaria uma decisão mais radical do que foi proposto pelo governo americano. A legislação previa que novos downloads não poderiam ser realizados dentro das lojas de aplicativo da Apple e do Google, respectivamente Apple Store e Play Store. Assim, usuários antigos ainda conseguiriam usar a rede social até nova medida.
Com a decisão da plataforma, quem estiver nos Estados Unidos e abrir o aplicativo a partir de domingo verá uma mensagem pop-up com redirecionamento para um site com informações sobre a proibição, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Do lado do usuário, será possível fazer o download de todos os dados, ou seja: fotos, vídeos, informações pessoais e arquivos salvos até domingo.
A ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, tinha prazo inicial de 270 dias – equivalente a nove meses – para vender a rede social para um administrador americano, o que não aconteceu.
O argumento que sustenta a proibição, de acordo com legisladores americanos, é de que a plataforma representa uma ameaça para a segurança nacional devido à possibilidade do governo chinês – que tem ações preferências na empresa e pode aprovar e vetar decisões do conselho – de acessar dados de cidadãos americanos.
Encerrar serviços dessa natureza não exige planejamento longo. E caso a proibição seja revertida, o TikTok é capaz de reestabelecer o serviço para usuários dos EUA em pouco tempo, segundo informou uma fonte à Reuters.
Ainda em dezembro, o presidente eleito Donald Trump, já vencedor das eleições, pediu à Suprema Corte dos EUA para adiar a suspensão do aplicativo e disse que negociaria com os proprietários chineses a fim de “salvar a plataforma”. Essa tentativa de intervenção seguia a promessa de campanha de manter a rede social disponível para seus mais de 170 milhões de usuários no país.
Cerca de 60% da ByteDance pertence a grandes investidores, como os fundos BlackRock e General Atlantic. Os outros 40% são divididos igualmente entre os fundadores da ByteDance e seus funcionários. Além disso, a empresa tem uma grande operação nos Estados Unidos, com mais de 7 mil funcionários.