Recentemente, entre terça-feira (5/3) e quinta-feira (7/3), o ministro Dias Toffoli anulou todas as decisões do ex-juiz federal Sergio Moro e as ações da antiga força-tarefa da Lava Jato contra 23 indivíduos envolvidos em processos e investigações relacionadas à operação.
Os indivíduos beneficiados pelas decisões de Toffoli foram alvo das operações Integração, Quadro Negro e Piloto, que investigavam alegações de corrupção envolvendo o ex-governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do metrópoles. Em dezembro, Richa já havia obtido uma decisão favorável de Dias Toffoli, anulando processos contra ele.
Toffoli determinou que nos casos envolvendo Richa houve manipulação, atuação ilegal e “conluio” entre o sistema judiciário e o Ministério Público Federal. As anulações abrangeram até mesmo a fase pré-processual, ou seja, as investigações.
Desde então, uma série de solicitações de extensão resultou em uma fila de investigados nos mesmos casos, todos buscando o mesmo tratamento conferido a Beto Richa por Toffoli.
O magistrado começou a analisar cada petição individualmente, na terça e na quinta-feira. Em todas elas, assim como no caso de Richa, ele declarou a “nulidade absoluta” de todos os atos de Moro e da antiga força-tarefa da Lava Jato contra os investigados.
Além de Fernanda Vieira Richa e André Vieira Richa, outros beneficiados pela anulação das decisões de Moro e das investigações do MPF incluem o contador do ex-governador, Dirceu Pupo; um ex-assessor de Richa, Ricardo Rached; um suposto operador de propinas do político, Jorge Theodócio Atherino; o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado pela Lava Jato como operador financeiro ilícito da Odebrecht; e representantes de concessionárias rodoviárias como Daniel Ramos Victorino, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Ruy Sérgio Giublin e Carlos Lobato.
Vale destacar que ainda existem pelo menos 11 solicitações semelhantes aguardando decisão de Toffoli, apresentadas em nome de 16 beneficiários, incluindo pessoas físicas e jurídicas.
Os pedidos pendentes incluem o ex-secretário de Assuntos Estratégicos Edson Casagrande; o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo; o ex-presidente do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER) e delator, Nelson Leal Júnior; e a Triunfo Participações e Investimentos.
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