Nesta sexta-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizou que o presidente do TCU, Bruno Dantas, tenha acesso às mensagens hackeadas de membros da Lava Jato.
Toffoli determinou que a 10ª Vara Federal do DF, responsável pela guarda das mensagens roubadas, forneça à defesa de Bruno Dantas o acesso integral ao conteúdo dos textos, “com a devida preservação do conteúdo dos documentos de caráter sigiloso”.
Ao pedir o acesso ao STF, Bruno Dantas cita supostas mensagens do ex-procurador Deltan Dallagnol com colegas da antiga força-tarefa que o citam e, de acordo com a defesa do presidente do TCU, “revelam possíveis interações entre procuradores e magistrados com o escopo de desgastar a imagem de membro do Tribunal de Contas da União junto à mídia e à opinião pública, cujo contexto e extensão somente podem ser conhecidos com o acesso à integra das mensagens”.
Deltan Dallagnol supostamente teria articulado com outros procuradores uma manifestação de reação a uma entrevista concedida por Dantas ao jornal O Globo à época, na qual o presidente do TCU fez críticas ao então juiz federal Sergio Moro.
Os advogados de Bruno Dantas ainda sustentaram no STF que o pedido busca “resguardar seus direitos e, eventualmente, requerer diligências investigativas, nos termos do artigo 14 do Código de Processo Penal e/ou acionar cível e criminalmente os envolvidos”.
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