Torres vai processar Ibama por morte de pássaros

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, vai processar o Ibama devido à morte de 16 pássaros de seu plantel, além do desaparecimento de uma ave.

Os animais estavam sob a guarda do Ibama desde abril, quando foram apreendidos em uma operação de fiscalização na casa de Torres em Brasília.

Durante a busca e apreensão, o órgão encontrou 60 pássaros silvestres mantidos em criadouro, um deles com a pata mutilada.

Agora, Torres apresentará uma queixa-crime contra o órgão ambiental e o fiscal responsável pela apreensão dos animais.

Na ação legal, o ex-ministro de Jair Bolsonaro afirmará que a ave desaparecida era a mais valiosa de seu plantel, estimada em mais de R$ 50 mil, e acusará o Ibama de furto. Além disso, ele argumentará que possui mais de 20 anos de experiência na criação de aves e nunca enfrentou um índice tão alto de mortalidade.

Desde abril, Torres fez dois pedidos ao Ibama para ser o fiel depositário dos animais até que o processo judicial seja concluído, porém não obteve resposta do órgão.

O advogado dele, Eumar Novacki, afirmou que seu cliente está “devastado” com a notícia da morte dos pássaros e está estudando quais medidas serão tomadas.

Pelo menos 16 das 55 aves apreendidas na casa de Torres em Brasília morreram enquanto estavam sob a custódia do Ibama. Esses dados foram encaminhados pela Polícia Federal (PF) à Justiça Federal no final de setembro.

Na ocasião, o ex-ministro de Jair Bolsonaro foi indiciado 38 vezes por maus-tratos de aves, além de falsidade ideológica, no início deste mês. O caso ganhou repercussão nacional e gerou indignação entre os defensores dos direitos dos animais.


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