O traficante Gabriel Gomes da Costa, conhecido como Ratomen, foi morto na noite desta segunda-feira (18) por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ele é apontado como um dos autores da morte do agente José Antônio Lourenço.
Lourenço foi baleado durante a Operação Gelo Podre, realizada em maio na comunidade. Além de agente da tropa de elite da Core, ele exercia funções de direção jurídica no Sindicato dos Policiais Civis e foi subsecretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro.
De acordo com a Core, Ratomen estava armado quando foi cercado pelos agentes dentro de sua residência. Ele teria reagido à abordagem e acabou alvejado. O traficante foi socorrido e levado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.
“Ratomen era gerente de uma boca de fumo na comunidade e, de acordo com a polícia, exibia armas de fogo nas redes sociais”, informou a Core em nota. Havia um mandado de prisão temporária contra ele desde 3 de junho, por sua participação na execução de Lourenço. A coordenadoria afirmou que seguirá à procura dos demais envolvidos no crime.
José Antônio Lourenço, vítima do crime, tinha uma trajetória marcada pelo serviço à segurança pública. Além de integrar a Core, ele fundou a consultoria Evolugis, era diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis e havia atuado como subsecretário de Ordem Pública. Nas redes sociais, compartilhava momentos de sua vida pessoal e profissional, incluindo declarações à esposa, Marcelle, e à cachorra do casal.
Durante a Operação Gelo Podre, a equipe da Core deu apoio às delegacias do Consumidor e do Meio Ambiente no cumprimento de mandados de busca na Cidade de Deus. O intenso confronto resultou no baleamento de Lourenço, que foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu ao procedimento cirúrgico.