O ex-presidente americano Donald Trump se declarou inocente, nesta quinta-feira (31), das acusações de que tentou manipular os resultados das eleições de 2020 na Geórgia, onde perdeu por uma pequena diferença para o candidato democrata Joe Biden.
Trump, que concorre pela indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024, já se declarou inocente nos outros três processos penais nos quais é acusado.
Os advogados do magnata apresentaram, nesta quinta, um documento no tribunal distrital de Fulton (Geórgia) no qual o ex-presidente se declara inocente de 13 acusações e renuncia “livre e voluntariamente” ao seu direito de estar presente em uma acusação formal em tribunal.
O documento, encabeçado pela frase: “A declaração de inocência do presidente Trump e a renúncia à acusação”, tem a assinatura do ex-presidente na parte inferior, um sinal de que concorda com o que os advogados escreveram.
A acusação contra Trump e os outros 18 acusados na Geórgia estava marcada para 6 de setembro e deveria ocorrer em tribunal aberto, com a possibilidade de a imprensa assistir.
No entanto, como Trump já se declarou inocente nesta quinta-feira, não terá de se deslocar à Geórgia para comparecer perante o juiz.
Para acusar o ex-presidente e 18 dos seus ex-aliados, a procuradora do distrito de Fulton, a democrata Fani Willis, recorreu à lei RICO, conhecida por ter sido utilizada contra membros da máfia e usada para garantir que os líderes de uma associação criminosa, e não apenas os seus subordinados, sejam levados à Justiça.
O ex-presidente já foi à Geórgia há uma semana para ser fichado e tirar a sua fotografia. O republicano permaneceu na cadeia do condado de Fulton durante apenas 20 minutos e foi liberto sob fiança de 200 mil dólares (R$ 984.260,00).
