Trump diz que Nova York “perdeu a soberania” e promete “assumir o comando” após eleição de Mamdani

O aniversário de sua reeleição, o presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (5) que os Estados Unidos “recuperaram sua soberania” e atravessam “a idade dourada de sua economia”, durante discurso de mais de uma hora no American Business Forum, realizado no Kaseya Center, em Miami.


“É muito bom estar de volta a Miami, na Flórida, com verdadeiros patriotas americanos”, disse Trump, combinando balanço de gestão, críticas a adversários democratas e promessas de expansão econômica. “Há um ano reclamamos nosso país, nossa soberania. Hoje temos a economia mais forte, fronteiras mais seguras e o melhor espírito de qualquer nação do mundo.”

O presidente destacou o que considerou um “renascimento econômico sem precedentes”, afirmando que, em seus primeiros nove meses de mandato, foram alcançados “18 trilhões de dólares em investimentos” e projetando chegar a “21 trilhões antes do fim do mandato”. “Há um ano éramos um país moribundo. Agora somos o mais dinâmico do mundo”, disse.

Trump enfatizou o crescimento do emprego e dos salários, ressaltando que “mais americanos estão trabalhando do que em qualquer outro momento da história” e que os salários em fábricas e minas “crescem no ritmo mais alto em seis décadas”. Também afirmou que a inflação “está caindo rapidamente” e que o preço do combustível “logo voltará a dois dólares por galão”.

O presidente criticou a oposição democrata, acusando-a de ter “afundado o país” durante o governo de Joe Biden e de adotar políticas de “gastos massivos, fronteiras abertas e energia cara”. “Os democratas não querem que continuemos triunfando. Ontem eles elegeram um comunista como prefeito de Nova York. Perderam o senso comum”, disse, em referência à eleição de Zohran Mamdani, democrata socialista apoiado por Bernie Sanders.


Trump afirmou que Nova York “perdeu a soberania” com a eleição de Mamdani. “Vamos assumir o comando”, alertou, sem detalhar ações específicas. Ele acrescentou: “Miami será o refúgio de quem fugir do comunismo instaurado em Nova York”.

O presidente também destacou os avanços dos EUA em criptomoedas e inteligência artificial, citando desregulamentações e novos projetos tecnológicos. “Estamos à frente da China, e por muito. Tornamo-nos o país mais competitivo para investimentos e inovação”, disse.

Durante o evento, estiveram presentes empresários, líderes políticos e atletas, incluindo Lionel Messi e Serena Williams, além do prefeito de Miami, Francis Suárez, que entregou a Trump a simbólica chave da cidade.

Trump também elogiou aliados internacionais, incluindo Steve Witkoff, enviado especial para o Oriente Médio, e Jared Kushner, a quem chamou de “pai dos Acordos de Abraão”. “Em 3.000 anos não houve paz no Oriente Médio. Agora estamos conseguindo”, afirmou, referindo-se ao acordo que, segundo ele, “pôs fim à guerra em Gaza”.

Em política interna, o presidente defendeu a classificação de cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras, afirmou que “cada barco com drogas que entra mata 25 mil americanos” e reiterou a política rígida contra imigração ilegal.

Trump também reafirmou sua posição sobre ideologias radicais no sistema educacional, citando decreto que corta fundos de escolas que ensinem “teoria racial crítica ou ideologia de gênero” e defendendo a existência de “dois gêneros: homem e mulher”.

Em tom simbólico, anunciou que o Monte Denali, no Alasca, voltará a se chamar Monte McKinley e que o Golfo do México passará a ser chamado de “Golfo da América”, alegando que “92% das costas pertencem aos EUA”.

O discurso foi finalizado com a reafirmação de sua mensagem nacionalista: “A idade dourada dos Estados Unidos começou e está apenas começando. Somos uma grande nação novamente. O sonho americano está vivo e nunca mais deixaremos que morra”.

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