Trump escolhe deputada para ser a representante dos EUA na ONU

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo que ofereceu à deputada de Nova York, Elise Stefanik, o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas em sua nova administração.

Stefanik, uma republicana de alto escalão no Congresso, é conhecida por seu forte apoio a Israel e por liderar esforços para combater o antissemitismo nas universidades americanas.

“É uma honra nomear a presidente Elise Stefanik para atuar em meu Gabinete como Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. Elise é uma lutadora incrivelmente forte, determinada e inteligente, com foco em colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, declarou Trump, de 78 anos, em comunicado ao The New York Post.

Confirmando a aceitação do cargo, Stefanik afirmou ao jornal estar “verdadeiramente honrada” com a nomeação e destacou o aumento do antissemitismo como uma questão urgente a ser enfrentada.

“O trabalho à frente é imenso, pois vemos o antissemitismo disparando, junto com quatro anos de uma liderança dos EUA que enfraqueceu nossa segurança nacional e diminuiu nossa posição aos olhos de aliados e adversários”, disse Stefanik ao Post. A administração anterior de Trump teve uma relação conflituosa com a ONU.

No ano passado, as perguntas duras de Stefanik fizeram parte de uma série de eventos que culminaram na saída dos presidentes de Harvard e da Universidade da Pensilvânia, que hesitaram em condenar pedidos de genocídio contra judeus.

Em uma reunião do Caucus do Knesset para Estudantes Judeus e Pro-Israel em Campi ao Redor do Mundo, no início deste ano, ela criticou a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de pausar o envio de milhares de bombas para Israel, alertando que, caso Israel não receba as armas necessárias para “alcançar uma vitória total”, os EUA poderão enfrentar sua própria tragédia como a de 7 de outubro.

Contudo, a republicana de Nova York também foi criticada por comentários que ecoaram a teoria da “grande substituição”, que em sua forma original alega que judeus estariam orquestrando a imigração em massa de pessoas de cor para substituir as populações brancas no Ocidente. Em 2021, a campanha de Stefanik publicou nas redes sociais que os democratas planejam “subverter nosso eleitorado atual” permitindo a entrada de imigrantes sem documentação no país.

O congressista democrata de Maryland, Jamie Raskin, também afirmou no ano passado que Stefanik incentivou o antissemitismo em seu partido ao “não fazer nenhuma objeção” quando Trump jantou com Kanye West, o rapper que abraçou o antissemitismo, e Nick Fuentes, um negacionista do Holocausto.

Trump afirmou no sábado que não trará de volta Nikki Haley, que foi embaixadora dos EUA na ONU em sua primeira administração e depois disputou a nomeação republicana contra ele. Ele também disse que o ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, não fará parte de sua próxima administração.


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