Depois de uma série de questionamentos sobre a condução das investigações que envolvem Jeffrey Epstein, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a apresentação ao júri de todos os depoimentos relevantes relacionados ao caso, desde que haja autorização judicial. A ordem foi dada à procuradora-geral Pam Bondi e comunicada pelo próprio presidente, nesta quinta-feira, 17, por meio de sua rede Truth Social.
Trump expressou sua insatisfação com o que chamou de “publicidade absurda” em torno de Epstein e classificou o processo como “golpe perpetuado pelos democratas”. “Este GOLPE, perpetuado pelos democratas, deve acabar agora mesmo!”, escreveu Trump.
Pouco depois, Pam Bondi publicou no X que o Departamento de Justiça solicitará ao tribunal, nesta sexta-feira, 18, a divulgação das transcrições do grande júri.
Divisão na base de Trump
Na quarta-feira 16, Trump criticou apoiadores que, segundo ele, se deixaram influenciar por teorias dos democratas sobre Epstein, acusado de tráfico sexual. O presidente disse que não deseja mais o apoio de quem acredita nessas versões.
Desde a morte de Epstein, em 2019, teorias da conspiração circulam, sobre o suposto acobertamento de informações. O Departamento de Justiça já afirmou, no início de julho, que não encontrou provas de uma “lista de clientes” de Epstein e descartou a hipótese de assassinato na prisão. Também houve a divulgação de dez horas de imagens de segurança que mostram que ninguém entrou na cela do empresário no dia do suicídio.
Jeffrey Epstein, empresário do setor financeiro, construiu sua carreira em Nova York e mantinha relações com figuras influentes, incluindo o príncipe Andrew, Bill Clinton e o próprio Trump.
Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano envolvido em acusações de tráfico sexual de menores. Sua trajetória profissional começou como professor de matemática, mas logo ele passou a ocupar cargos influentes nos meios econômicos e políticos dos Estados Unidos, especialmente em Nova York.
Pressão de aliados por transparência
Aliados de Trump, entre eles o vice-presidente J.D. Vance, já questionaram publicamente a transparência da investigação. Em 2021, ele perguntou: “Que possível interesse o governo dos EUA teria em manter os clientes de Epstein em segredo?”.
Já em 2023, Patel afirmou: “Vistam suas calças de garotão e nos contem quem são os pedófilos”. No mesmo ano, Dan Bongino, atual vice-diretor do FBI, comentou: “Escutem, essa história do Jeffrey Epstein é um grande negócio”.
“Quem está nessas fitas?”, indagou Bongino, em fevereiro. “Quem está nesses registros secretos? Por que estão escondendo isso?”