O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na manhã desta segunda-feira (1º) que a polícia prendeu um suspeito pelo assassinato do ex-presidente do Parlamento ucraniano Andriy Parubiy, morto a tiros no sábado (30) em Lviv, no oeste do país. Segundo as autoridades locais, o atirador disparou várias vezes contra Parubiy e fugiu, o que provocou uma operação de segurança imediata na cidade.
“O suspeito prestou um depoimento inicial, e ações investigativas urgentes estão em andamento para apurar todas as circunstâncias desse assassinato“, disse Zelensky no X. “Toda a equipe de segurança e os procuradores estão trabalhando sem parar. Agradeço a todos os envolvidos nesse trabalho. A Polícia Nacional e o Ministério do Interior, o Serviço de Segurança da Ucrânia e a Procuradoria —todos estão atuando da forma mais eficiente possível“.
O ministro do Interior, Ihor Klymenko, reforçou que os detalhes não podem ser divulgados para não prejudicar a investigação. “Só o que posso dizer é que o crime foi cuidadosamente planejado. Os movimentos da vítima foram observados, sua rota foi mapeada e um plano de fuga foi preparado“, afirmou, em mensagem publicada no Telegram.
O chefe da polícia, Ivan Vyhivskyi, acrescentou que o atirador se disfarçou de mensageiro e disparou oito vezes contra Parubiy. “O suspeito trocou de roupa, livrou-se das armas e escondeu-se em outra região”, disse Vyhivskyi, afirmando ainda que “sabemos que este crime não foi acidental. Há envolvimento russo. Todos serão responsabilizados perante a lei”, em publicação no Facebook.
Durante o fim de semana, Zelensky já havia classificado o ataque como um “assassinato horrendo”.
Parubiy nasceu na região de Lviv, era historiador e graduado em Ciências Políticas e Sociologia. Foi um dos líderes dos protestos de 2013 e 2014 que pediam maior aproximação com a União Europeia e exerceu o cargo de presidente do Parlamento de abril de 2016 a agosto de 2019. O ex-parlamentar morreu aos 54 anos.