O Vaticano divulgou nesta terça-feira (25) uma nova nota doutrinal que reafirma a defesa da monogamia e condena práticas como poliamor, poligamia e adultério. O documento, aprovado pelo papa Leão 14 e intitulado “Uma só carne. Em Louvor à Monogamia”, foi publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e reforça o entendimento da Igreja Católica sobre o casamento como uma união exclusiva, íntegra e de mútuo pertencimento.
No texto, o Vaticano afirma que “só duas pessoas podem se entregar plena e completamente uma à outra; caso contrário, a doação torna-se parcial e não respeita a dignidade do outro”. A nota também destaca que o crescimento do poliamor no Ocidente motivou a elaboração do documento, considerado essencial para orientar os fiéis em tempos de mudanças culturais e novas dinâmicas afetivas.
A Igreja critica a ideia de que vínculos múltiplos ou simultâneos possam garantir maior intensidade afetiva ou realização pessoal, classificando essa percepção como uma “ilusão”. A nota doutrinal também ressalta a importância da educação dos jovens para compreender o amor como responsabilidade, compromisso e confiança, especialmente em uma sociedade marcada pelo individualismo e pelo consumismo.
Além disso, o Vaticano reafirma sua posição tradicional sobre temas relacionados à sexualidade. O documento defende que o sexo deve ocorrer dentro do matrimônio — “embora isso não signifique que todo ato sexual deva visar explicitamente à procriação” — e reforça a proibição do uso de contraceptivos artificiais, mantendo a doutrina vigente.
O texto também condena qualquer forma de violência física ou psicológica nas relações afetivas, reforçando que o amor cristão exige respeito, cuidado e entrega mútua.