A plataforma opositora Comando com Venezuela disse nesta sexta-feira (10), em Bogotá, na Colômbia, que Edmundo González Urrutia será empossado ainda nesta sexta-feira (10) no território venezuelano, apesar do ditador Nicolás Maduro ter acabado de assumir o cargo para um terceiro mandato consecutivo. A oposição disse, porém, que não poderá “revelar as estratégias” para a posse de Urrutia.
– Edmundo será empossado. Não podemos revelar as estratégias, estamos apenas esperando, mas ele será empossado na Venezuela, e sabemos que as cartas já estão na mesa, só não foram viradas ainda – declarou à Agência EFE a coordenadora do Comando com Venezuela na Colômbia, Mariluz Palma.
A plataforma voltou a convocar nesta sexta uma manifestação na Praça de Bolívar, no centro de Bogotá, para apoiar González Urrutia, que ela considera o vencedor das eleições de 28 de julho de 2024.
Maduro foi empossado hoje pelo Parlamento, controlado por aliados chavistas, como presidente da Venezuela para o mandato 2025-2031, apesar das acusações de fraude eleitoral apresentadas pela oposição.
Palma, porta-voz da plataforma da líder opositora María Corina Machado na Colômbia, disse que, com a posse, Maduro “está violando a Constituição, está violando a soberania popular, está violando o mandato de um povo que decidiu em 28 de julho que o presidente é Edmundo González Urrutia”.
– É o povo da Venezuela que está tomando posse, por isso estamos tranquilos. Edmundo é o presidente e continuaremos até que nosso presidente seja empossado hoje. Estamos esperando – afirmou.
Espera-se que Machado se pronuncie nesta sexta, depois de postar uma mensagem nas redes sociais dizendo que estava “em um lugar seguro” após seu sequestro – e subsequente libertação.
– Quando María Corina fica em silêncio, é porque ela tem sua carta pronta para botar na mesa. A única coisa que peço a todos os cidadãos é que mantenham a calma, a fé e a confiança em María Corina, porque ela sabe como está jogando seu xadrez – alertou Palma
A oposição majoritária da Venezuela, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciou nesta sexta que Maduro consumou um golpe de Estado ao tomar posse como presidente pela terceira vez.
