Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, abordou sua imagem pública e objetivos políticos durante uma entrevista com o jornalista Reinaldo Azevedo. Com sua trajetória ligada ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Boulos comentou sobre as percepções de parte do eleitorado de que ele pretende tomar a casa das pessoas.
“Para o público de direita, sou visto como radical, extremista, invasor de terras, comunista, alguém que vai confiscar suas casas”, afirmou Boulos. De forma descontraída, Azevedo questionou: “Você não vai fazer nada disso?”. Boulos, rindo, respondeu: “Por enquanto, não”.
A resposta gerou risos na sala, mas Boulos logo esclareceu: “Não afirmei isso; definitivamente não está nos meus planos”.
Boulos ingressou no MTST em 2002 e ganhou notoriedade no ano seguinte ao coordenar a ocupação de um terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo. Em 2014, voltou a se destacar durante as mobilizações sociais relacionadas à Copa do Mundo, especialmente na Ocupação Copa do Povo, realizada pelo MTST no início de maio.