Explosões recentes em Doha, no Catar, coincidiram com a confirmação de um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI) e do Shin Bet (agência de segurança interna de Israel) contra a cúpula da organização terrorista Hamas. A ofensiva, que contou com o apoio da Força Aérea, teve como alvo os principais líderes do Hamas, considerados responsáveis por planejar e executar a “brutal” matança de 7 de outubro.
Segundo informações oficiais, o ataque usou armamento de precisão e foi baseado em inteligência adicional para reduzir o risco de vítimas civis. As autoridades israelenses afirmaram que, antes de lançar a operação, foram tomadas medidas específicas para “minimizar o dano a transeuntes”, utilizando tecnologia avançada e a coleta de dados de inteligência.
“O Exército israelense e a agência de segurança de Israel realizaram um bombardeio preciso contra dirigentes superiores da organização terrorista Hamas”, indicaram as Forças Armadas, sem especificar onde o ataque ocorreu. No entanto, a emissora catariana Al Jazeera, citando um funcionário do Hamas, informou que o bombardeio atingiu negociadores do grupo islâmico em Doha. Um jornalista da agência de notícias AFP confirmou que o ataque atingiu um complexo usado pelo Hamas na cidade.
“Durante anos, esses membros da liderança do Hamas dirigiram as operações do grupo terrorista, são diretamente responsáveis pela brutal matança de 7 de outubro e têm orquestrado e gerenciado a guerra contra o Estado de Israel”, asseguraram as forças israelenses.
O ataque ocorre em meio ao impulso nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira, o ministro de Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que seu país aceitou a mais recente proposta de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, sob a condição de que todos os reféns sejam libertados e que o Hamas deponha as armas.
A delegação de negociadores do Hamas, que tem sua base no Catar, tem sido liderada por Khalil al Hayya, membro do gabinete político do grupo. Nos últimos dias, o Hamas havia declarado que “está aberto a qualquer ideia ou proposta que permita conseguir um cessar-fogo integral” e a “retirada completa” das forças israelenses de Gaza.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari, confirmou o ataque de Israel a “vários membros do gabinete político do movimento Hamas em Doha” e disse que o Catar lançou uma investigação “no mais alto nível” sobre o ataque.
Vídeo: Forças de Israel atacam liderança do Hamas em Doha, no Catar
