O senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) se envolveram em uma discussão acalorada na manhã desta quinta-feira (20/6) no Aeroporto de Vitória Eurico de Aguiar Salles, no Espírito Santo. Essa não é a primeira vez que ambos protagonizam um bate-boca em público, e a relação entre os parlamentares tem se tornado cada vez mais hostil.
Segundo relatos, Marcos do Val teria procurado Gilvan da Federal em busca de “confusão”. Gilvan afirmou que o senador o viu, saiu de onde estava e veio em sua direção para provocar conflito. Ele também acusou Marcos do Val de estar apagado no Espírito Santo e de buscar holofotes.
Essa não foi a única vez que os dois se desentenderam. Na quarta-feira (19), durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, eles já haviam discutido e levado suas desavenças para as redes sociais. Durante essa discussão, Marcos do Val teria perdido a paciência e confrontado Gilvan, questionando se ele teria coragem de repetir os xingamentos que supostamente fez, inclusive por mensagens privadas³.
Em resposta, Gilvan da Federal chamou Marcos do Val de “Swat” da Shopee, fazendo referência ao fato de o senador afirmar que atuou como instrutor em imobilizações táticas e outros procedimentos para unidades da Swat (Táticas e Armas Especiais, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Nas redes sociais, Gilvan ainda afirmou que não recua para traidores e criticou o comportamento acalorado dos parlamentares.
Esse tipo de confronto tem sido alvo de críticas, inclusive do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele anunciou que a Polícia Legislativa não mais intervirá em discussões entre parlamentares, permitindo que eles resolvam suas diferenças sem interferência externa.
Além disso, na mesma quarta-feira, Gilvan da Federal também se envolveu em uma confusão com um cidadão que acompanhava a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O deputado queria revistar o homem e chegou a ameaçar dar voz de prisão contra ele.
É lamentável ver representantes eleitos se envolvendo em confrontos públicos, e esperamos que o debate político possa ser conduzido de forma mais civilizada e produtiva no futuro.