VÍDEO: Zuckerberg anuncia fim da checagem de fatos no Facebook e Instagram

Meta anunciou nesta terça-feira (07) o encerramento de seu programa de checagem de fatos, criado há oito anos para combater a disseminação de desinformação em suas plataformas. A mudança reflete uma nova postura da empresa, que passa a priorizar a liberdade de expressão.

Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, afirmou que o sistema de verificação de fatos atual estava repleto de erros e gerava censura excessiva, chegando ao ponto de comprometer a liberdade de expressão.

Com isso, a empresa substituirá os fact-checkers por um sistema de “Notas de Comunidade”, que permitirá aos usuários adicionar correções a postagens com informações falsas ou enganosas, uma prática semelhante à adotada pelo X, a rede social de Elon Musk.

Zuckerberg ressaltou que a empresa está adotando uma abordagem mais flexível, especialmente nos Estados Unidos, onde o sistema começará a ser implementado. Ele ainda declarou que a mudança reflete um “ponto de virada cultural” nas eleições norte-americanas, em que a liberdade de expressão foi priorizada.

O CEO também fez críticas à Europa e à América Latina, citando a imposição de leis de censura e tribunais secretos que podem remover conteúdos de forma silenciosa, referindo-se implicitamente ao Brasil. “Os Estados Unidos têm as proteções constitucionais mais fortes para a liberdade de expressão no mundo”, afirmou.

Além de revisar a política de checagem de fatos, a Meta também eliminará restrições sobre tópicos como imigração e gênero, considerados desvinculados do discurso dominante. A empresa deslocará sua equipe de revisão de conteúdo para o Texas, visando reduzir a suspeita de censura tendenciosa por parte de seus funcionários.

Esse movimento ocorre em um momento em que Zuckerberg tem estreitado relações com aliados de Donald Trump. Recentemente, ele jantou com o ex-presidente e com Marco Rubio, indicado para o cargo de secretário de Estado, além de realizar doações financeiras e promover executivos ligados ao Partido Republicano para posições de destaque na Meta.

O anúncio de Zuckerberg também coincidiu com a participação de Joel Kaplan, executivo próximo ao Partido Republicano, em um programa da Fox News, onde ele criticou o viés político nos programas de checagem de fatos.


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