Em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá (AP), o presidente Lula (PT) declarou nesta quarta-feira (12) que os dois últimos anos deste seu terceiro mandato são os “mais importantes” de sua vida. Em tom derradeiro, o petista não falou em disputar a reeleição e disse que “passará a faixa” presidencial a quem vencer as eleições de 2026.
– Quero sair de cabeça erguida, como eu entrei de cabeça erguida, descer a rampa [do Planalto] e cumprimentar o povo. Eu não quero fugir para Miami, não quero deixar de colocar faixa no presidente que ganhar as eleições, não. Eu quero respeitar o resultado eleitoral, e se alguém ganhar, eu vou lá entregar a faixa – disse Lula.
A fala do chefe do Executivo é uma provocação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se negou a passar a faixa ao petista, em 2023, e foi para os Estados Unidos. Lula aproveitou a oportunidade e organizou um ato simbólico, onde recebeu a faixa presidencial de oito pessoas, explorando a representatividade social.
Em severa desconexão com as projeções de mercado, Lula voltou a fazer promessas.
– Eu tenho dois anos muito, mas muito, muito primorosos na minha vida. São, possivelmente, os dois anos mais importantes da minha vida, porque eu acho que eu preciso entregar tudo aquilo que eu prometi para o povo.
Evadindo da responsabilidade econômica de seu governo, o petista tratou de arrastar o discurso para o eixo ideológico, e falou em “consolidar o processo democrático”.
– Eu quero dedicar, quero trabalhar de manhã, de tarde e de noite, quero viajar pelo Brasil, quero fazer debate, quero conversar com empresários, quero conversar com trabalhadores, porque esse país precisa consolidar o processo democrático.
