Zanin marca a data do julgamento de Bolsonaro e aliados no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para 25 de março o início do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, após o relator do processo, Alexandre de Moraes, liberar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) para julgamento.

O julgamento ocorrerá em três sessões: duas no dia 25 de março, às 9h30 e às 14h, e uma terceira no dia 26 de março, às 9h30. A Primeira Turma do STF, composta por Zanin, Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, analisará se as evidências apresentadas pela PGR são suficientes para transformar a denúncia em uma ação penal.

Acusados e Alegações


Além de Bolsonaro, os acusados incluem:

  • Deputado federal Alexandre Ramagem;
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
  • General da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • General da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os crimes imputados são: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A PGR alega que os acusados planejaram o golpe após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A acusação destaca desde discursos públicos para desacreditar o sistema eleitoral até a suposta pressão sobre o Alto Comando das Forças Armadas para apoiar um decreto golpista.

Se a denúncia for aceita, o processo segue para a coleta de provas e depoimentos da defesa e da acusação. A aceitação da denúncia não implica prisão imediata dos acusados, exceto em casos de flagrante ou se houver risco à sociedade ou ao andamento do processo. Braga Netto, por exemplo, está preso desde dezembro por suspeita de tentar obstruir as investigações.

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