O endividamento bruto brasileiro continuou em trajetória de queda em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto. Dados divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) fechou o mês aos R$ 7,231 trilhões, o que representa 77,5% do PIB.
O porcentual é menor que os 78,2% de julho. Foi a quarta queda seguida. O pico foi alcançado em fevereiro de 2021 (89%) após o impacto nas contas públicas da pandemia de covid-19. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC também informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 57,8% para 58,2% do PIB entre julho e agosto. A DLSP atingiu R$ 5,435 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.