“Foi um recado claro do crime organizado”, disse Tarcísio em coletiva.

Em entrevista coletiva em São Paulo, o candidato ao governo do estado Tarcísio de Freitas afirmou que o tiroteio ocorrido durante ato de campanha na manhã desta segunda-feira (17/10) em Paraisópolis, na Zona Sul da cidade, não foi um atentado, nem teve relação com as eleições. Segundo o candidato, foi um “ato de intimidação”. “Não foi um atentado contra a minha vida, não foi um atentado político, não tinha cunho político-partidário. Foi um ataque no sentido de que, se você intimida uma pessoa que está lá fazendo uma visita, isso é um ataque.”


“Qual a leitura que a gente faz: foi um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado que diz: ‘Vocês não são bem-vindos aqui. A gente não quer vocês aqui dentro’. Para mim é uma questão territorial. Não tem nada a ver com uma questão política. Não tem nada a ver com uma questão eleitoral. Mas é uma questão territorial, que acontece aqui em favelas e comunidades do estado de São Paulo.”

O que aconteceu?

Na coletiva, Tarcísio descreveu o que ocorreu: “Quatro elementos em duas motocicletas começaram a rondar a frente do instituto, o local onde a gente estava. Começaram a fotografar o pessoal de segurança. Eles foram com câmera de celular na mão. Fizeram fotos, fizeram perguntas. Perguntaram se era policial que estava ali. Se evadiram do local e voltaram com armamento. E aí foi o momento que se deu a troca de tiros”.

“Enquanto a gente conversava, a gente começou a ouvir tiros. Eu estava no terceiro andar. Então, a gente começou a ouvir rajadas de tiros. Primeira impressão que tive. E quando você faz essas visitas, em tese você imagina que tá tudo tranquilo. A gente ouviu a primeira rajada a impressão que eu tive, olha, acho que é algo para intimidar, ‘vocês não são bem-vindos aqui’, mas achei que fosse ficar nisso. Continuamos normalmente conversando normalmente”.

“Mais tarde”, segue, “começamos a ver mais tiros e gritaria. O pessoal começou a gritar: ‘Abaixa, abaixa, abaixa, vão atirar aqui’. Até o momento em que uma pessoa entra e diz: ‘Precisa tirar ele daqui, que o problema é ele. Estão dizendo que vão entrar aqui’. E houve uma troca de tiro até o momento que a minha equipe entra e diz que conseguiu estabelecer a segurança para você sair. Rapidamente segui a equipe, saímos até a van, eu entrei na van, esperamos a equipe toda embarcar na van e fomos embora”.


*com informações do G1

Testemunha

Um morador da comunidade, motorista de um dos integrantes da comitiva, disse que quinze pessoas armadas atiraram contra os seguranças do candidato.

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