O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), fez uma reunião de emergência na segunda-feira (17/10) e António Guterres, secretário-geral da organização, afirmou que o país vive um “pesadelo absoluto” e que é imprescindível o envio de uma força armada internacional ao Haiti.
Segundo Guterres, a situação do país caribenho é absolutamente dramática. O Porto de Varreux, na capital, Porto Príncipe, está bloqueado por gangues, que impedem a saída de combustível. “Como não há combustível, não há água. E há um surto de cólera, cujo tratamento requer uma boa hidratação”, declarou o secretário-geral, antes da reunião do Conselho de Segurança. Até agora, 22 mortes por cólera foram confirmadas no Haiti.
Por isso, segundo Guterres, uma ação armada internacional é necessária para deter esses grupos armados, desbloquear o porto e fazer um corredor humanitário. “Nas circunstâncias atuais, precisamos de uma ação armada para liberar o porto e permitir que se estabeleça um corredor humanitário. Estou falando de algo que deve ser feito com critérios humanitários rígidos, independentemente das dimensões políticas do problema, que deve ser resolvido pelos próprios haitianos.”
“Sem combustível, o lixo não é removido dos bairros, e as chuvas torrenciais provocam inundações, criando condições insalubres propícias à propagação de doenças”, relatou Helen. “Sem combustível, a resposta da Polícia Nacional será ainda mais dificultada, bem como o acesso à ajuda humanitária.”
*Com informações da Revista Oeste