Na última terça-feira (2/11), o presidente Jair Bolsonaro, fez o seu primeiro pronunciamento após o resultado da eleição. O discurso do atual chefe do executivo foi bem-visto pelos militares.
“Quando o presidente agradeceu aos 58 milhões de brasileiros que lhe escolheram, automaticamente reconheceu a legitimidade do pleito”, observou o general da reserva Paulo Chagas. Bolsonaro não mencionou, em nenhum momento do discurso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor na disputa pelo Palácio do Planalto.
Chagas também avalia que o discurso do presidente abre margem para interpretações distintas. “Ele está se colocando sutilmente contra os protestos”, afirmou. “Mas também se posicionou de uma forma política, porque gerou dúvidas nos manifestantes. Esse pessoal está com sangue nos olhos.”
O general acredita que Bolsonaro agiu corretamente ao condenar a interdição de rodovias por caminhoneiros. “O presidente foi superficial, mas disse o que tinha de dizer”, observou. “Ele qualificou a manifestação como uma manifestação semelhante às convocadas pela esquerda. O recado está dado.”