Nesta quinta-feira, 9, três dias após os dois terremotos de mais de 7,6 graus de magnitude, o novo balanço divulgado pelas autoridades da Turquia e da Síria, informou que total de 20.296 vítimas fatais e cerca de 71 mil feridos.
O vice-presidente da Turquia, Fuat Otkay, informou que seu país contabilizou 17.134 mortos, enquanto a Síria totalizou 3.162. A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011.
Milhares de socorristas trabalharam em temperaturas gélidas para encontrar sobreviventes sob as ruínas de edifícios que desabaram dos dois lados da fronteira. O especialista em terremotos Övgün Ahmet Ercan, da Universidade Técnica de Istambul, estima que possa haver cerca de 180 mil pessoas soterradas nos escombros de prédios que desabaram em ambos os países.
Seu cálculo foi feito com base no número de edifícios destruídos, que gira em torno de 6 mil, segundo informou a revista The Economist na terça-feira, 7. Porém, as autoridades acreditam que, passadas 72 horas do terremoto, as chances de encontrar sobreviventes diminuem e que, por isso, pode haver um salto no número de vítimas.
Segundo o jornal turco TRT, o presidente turco, Recep Erdogan, declarou estado de emergência por três meses em dez cidades afetadas. Ele visitou a província de Hatay e destacou “deficiências” na resposta ao terremoto e disse que “é impossível estar preparado para uma catástrofe como essa”.
Nas áreas mais afetadas da Turquia, os estabelecimentos comerciais ficaram fechados, não há calefação devido ao corte nas linhas de abastecimento de gás e encontrar combustível é cada vez mais difícil. Em pelo menos três províncias do país houve danos na rede de abastecimento de gás com registros de explosões.
A ONU estima que quase 70% da população da Síria precisava de assistência humanitária antes do terremoto, por conta da guerra, o que foi agravado pela tragédia. A assistência ao país é uma questão delicada para vários países ocidentais. Mas apesar de ser alvo de sanções da União Europeia, o governo de Bashar al-Assad fez um pedido formal de ajuda ao bloco.
Até o momento, a Síria conta principalmente com a ajuda da Rússia, sua aliada. Em Aleppo, soldados russos atuam nas buscas nos escombros. Dezenas de países, incluindo China, Estados Unidos, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos, prometeram ajuda à Turquia. Já a União Europeia anunciou uma conferência de doadores no início de março em Bruxelas.
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