Na última quarta-feira, 29, deputados e senadores apresentaram um requerimento para instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar o avanço das facções criminosas no país e iniciaram uma força-tarefa para coletar as assinaturas para protocolar a CPMI do Crime Organizado.
Durante o lançamento, o ex-juiz da Lava Jato e senador, Sergio Moro, disse que é preciso investigar a política de segurança do Governo Federal: “A CPMI é importante para que nós possamos esclarecer os fatos. Para que nós possamos verificar se esse ressurgimento do crime organizado está relacionado a uma escalada da atuação do crime organizado (…) É de fundamental importância, eu finalizo, que essa CPMI também se debruce sobre a política de segurança do Governo Federal em relação ao crime organizado. Se é eficaz, se ela é efetiva e se ela vai no caminho certo”.
Tendo em vista a onda de ataques no Estado do Rio Grande do Norte e os planos descobertos pela Polícia Federal de de homicídios e extorsão mediante sequestro de diversas autoridades públicas, incluindo o senador Sérgio Moro (União Brasil), os parlamentares decidiram tomar uma iniciativa no Congresso.
O grupo reforçou que é preciso apurar os acontecimentos recentes que envolveram organizações criminosas, suas estruturas e funcionamento. Também querem saber a relação entre as facções e a ampliação dos índices de homicídios no território nacional. Para que a CPMI seja protocolada, os congressistas precisam reunir assinaturas de um terço das duas Casas, ou seja, 171 deputados e 27 senadores.
Há uma corrida contra o tempo, já que eles pretendem protocolar o pedido antes da sessão do Congresso prevista para acontecer entre os dias 11 e 14 de abril.
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