Nesta sexta-feira (31/3), o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que a Força punirá oficiais que comemorarem a data que instaurou o regime militar no Brasil, em 1964.
A orientação foi repassada a oficiais-generais. A principal preocupação está com os movimentos organizado entre reservistas, por isso, também há a proibição para aqueles que participarem desses eventos. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
No Clube Militar do Rio de Janeiro está previsto um almoço. O evento é convocado sob o título “Movimento Democrático de 1964”, com ingresso a R$ 90 e restrito a sócios e convidados.
A iniciativa do general foi tomada após decisão do Ministério da Defesa de manter-se em silêncio diante da data. O plano de ignorar o dia foi acertado entre o ministro José Múcio Monteiro e os comandantes Tomás Paiva, Marcos Olsen, da Marinha e Marcelo Damasceno, da Aeronáutica.
O ministério confirmou que não emitirá notas sobre o dia. “O governo não divulgará nenhum comunicado ou ordem do dia sobre a data”, informou a assessoria.
O Exército chegou a celebrar o regime militar de 1964 em comunicados oficiais nos primeiros mandatos de Lula. A data deixou de ser lembrada, em 2007.
Logo após assumir a Presidência, em 2011, Dilma Rousseff determinou que as Forças Armadas não citassem a ditadura militar nas ordens do dia.
Nos últimos quatro anos, sob o governo de Jair Bolsonaro, a data foi lembrada pelas Forças.