O relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), citou o fato de o general Gonçalves Dias ter sido preso por 20 dias, em 1975, por ter “colado” em uma prova na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Quando Salles perguntou a Dias “quem foi o militar preso” na ocasião, Dias permaneceu em silêncio.
O advogado de Dias, o dr. André Calegari, pediu ao presidente da CPI, o deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), que retirasse o item da investigação por constrangimento ao depoente. O pedido foi atendido.
Na mesma sessão, Salles perguntou a G. Dias sobre sua opinião a respeito da “ação de 64”.
“O episódio de 1964 foi algo positivo ou negativo para a história do país?”, questionou. “Eu não parei para raciocinar em cima disso. O que me impulsionou a seguir no Exército foi minha vocação para ser soldado e uma necessidade financeira da minha família. Entrar no Exército nessa situação [golpe de 1964], se foi bom ou não… Eu não gostaria de entrar nessa seara”, disparou o ex-ministro Gonçalves Dias. Logo em seguida, o general reiterou que não gostaria de se posicionar e usou o direito ao silêncio garantido por habeas corpus.
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