O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) apreenda “armas, munições, computadores, tablets, celulares, passaportes e outros dispositivos eletrônicos bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos investigados” da deputada federal Carla Zambelli (PL).
Moraes autorizou quatro mandados de busca e apreensão em endereços da deputada, três em Brasília e um no interior de São Paulo. Um dos endereços alvos do mandado é o gabinete da deputada na Câmara.
No despacho, o ministro do Supremo faz uma ressalva para que a PF evite “exposição midiática”: “A autoridade policial responsável pelo cumprimento dos mandados deverá evitar a exposição indevida, especialmente no cumprimento da medida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”.
Moraes também autorizou que a PF apreenda bens de Zambelli acima de R$ 10 mil cuja origem não seja comprovadamente legal.
Delgatti Neto disse à PF ter prestado serviços para Zambelli para forjar soltura de presos e mandado para prender Moraes. O ministro autorizou a operação com base em evidências de pagamentos feitos pelo gabinete de Zambelli ao próprio Delgatti Neto.
“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, de acordo com a Polícia Federal.
Segundo a PF, “os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica”.
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