O relatório paralelo da oposição na CPMI do 8 de Janeiro pede o indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras cinco pessoas, entre elas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O voto separado dos membros da oposição na CPMI busca confrontar a tese da base governista, que fundamenta o relatório final apresentado nesta terça-feira (17) pela relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O documento oficial, que deve começar a ser votado na quarta-feira (18), lista 61 pessoas alvos de pedido de indiciamento pela CPMI. Os pedidos são encaminhados para análise do Ministério Público Federal, após serem aprovados. O relatório da oposição tem 348 páginas e é apresentado por membros da oposição aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tarde desta terça-feira.
O deputado Alexandre Ramagem (PL-SP), abriu a leitura do documento. Outros parlamentares da oposição fazem a leitura do documento. O documento pede indiciamento de Lula por crimes de deterioração de patrimônio público, dano qualificado e prevaricação.
São alvos de pedido de indiciamento da oposição na CPMI:
- Luiz Inácio Lula da Silva, presidente;
- Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública;
- General Marco Edson Gonçalves Dias, ex-chefe GSI;
- Saulo Moura da Cunha, ex-Abin;
- Klépter Rosa Gonçalves, ex-comandante da PM-DF;
- Tenente coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, ex-chefe interino do Departamento Operacional da PM-DF.
O documento da oposição fala em “nulidade” da CPMI e levanta suspeitas sobre a imparcialidade da relatora, senadora Eliziane Gama. Cita ainda omissão de Lula, Dino e G. Dias no 8 de Janeiro, destaca suposta fraude em relatórios da Abin, suposto falso testemunha sobre informes da Abin ao Planalto, entre outros. A oposição tem uma hora para apresentar seu voto separado. A votação do documento final da CPMI deve ficar para a sessão de quarta-feira (18).