Abaixo-assinado contra indicação de Dino ao STF já alcança quase 200 mil assinaturas

O partido Novo se mobilizou para colher assinaturas da população contrária à indicação do ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um abaixo-assinado foi lançado pelo partido nesta segunda-feira, 27, logo depois do anúncio oficial da indicação pelo presidente Lula. Menos de dez horas depois, mais de 100 mil pessoas já haviam assinado.

No início da manhã desta terça-feira, 28, o abaixo-assinado já reunia mais de 150 mil assinaturas de pessoas desfavoráveis à indicação de Dino para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber. Aos 75 anos, ela se aposentou no fim de setembro, depois de 12 anos na Corte.

De acordo com o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, a quantidade de assinaturas em tão pouco tempo revela a insatisfação da população com a indicação. “Bem como o descontentamento do partido, que resolveu colocar o abaixo-assinado no ar”, frisou.






Para Ribeiro, a indicação de Flávio Dino é um “deboche”. “Justamente no momento em que o STF está no centro do debate em razão dos seus abusos, Lula indica seu ministro mais autoritário e prepotente”, criticou. Segundo o líder do Novo, essa não é uma decisão de quem quer pacificar o país, mas de quem quer “incendiá-lo”.


Ribeiro destacou que esse tipo de ação é importante, porque todos os signatários são “peças fundamentais” para pressionar a classe política.

“Com o nosso último abaixo-assinado, que apoiou a abertura da CPI sobre abuso de autoridades do STF e Tribunal Superior Eleitoral, conseguimos mais de 500 mil assinaturas”, exemplificou.


Conforme Ribeiro, o abaixo-assinado é ainda uma forma de manifestar a insatisfação com o cenário político e com as ações do que ele chama “desgoverno do PT”.

Em comunicado, Eduardo Ribeiro afirmou que a indicação de Lula foi a “pior possível” e disse que o ministro é “omisso” em relação à crise na segurança pública do país.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que Dino será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em sessão que deve ocorrer dia 13 de dezembro.


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