A República Bolivariana da Venezuela começa preparar infiltração de Forças Especiais da Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) na Guiana. Incerta a ação futura frente ao Brasil.
Em uma escalada que intensifica as tensões geopolíticas na região, a Venezuela teria implantado quatro contingentes de Operações Especiais na localidade de Paraitepuy, na fronteira com a Guiana e o Brasil. (ver mapa)
Cada um desses contingentes é composto por aproximadamente 48 a 50 operadores altamente treinados, abrangendo especialistas da Marinha, Exército e Força Aérea Venezuelana da Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), totalizando cerca de 192 operadores de Operações Especiais. Essas unidades especializadas exibem proficiência em diversas disciplinas, incluindo armamentos, comunicações, motores, explosivos, primeiros socorros e inteligência.
Nesse contexto tenso, é relevante destacar que os contingentes das Operações Especiais Venezuelanas estão operando na região de Paraitepuy sem a utilização de uniformes regulares, optando por trajes civis. Essa escolha estratégica visa conferir-lhes maior capacidade de se infiltrar e operar de forma discreta, dificultando a identificação por parte das Forças de Defesa da Guiana (GDF) ou observadores externos.
O emprego de vestimentas civis por parte dos operadores das Operações Especiais Venezuelanas representa uma abordagem tática para minimizar a visibilidade e maximizar a eficácia das operações, confundindo potenciais forças opositoras e mantendo uma presença menos ostensiva na região. Essa prática, é uma estratégia adotada por unidades especializadas em diversas partes do mundo para realizar operações secretas e dissimuladas.
A fonte dessa informação é um oficial militar das Forças de Defesa da Guiana, que, por razões de segurança, solicitou anonimato ao divulgar detalhes sobre a movimentação na fronteira. Segundo o informante, a motivação por trás do envio desses contingentes é a crescente apreensão em relação a uma possível incursão no território de Essequibo, situado na Guiana.
Além disso, há relatos de que as Operações Especiais Venezuelanas estão conduzindo treinamentos intensivos com indígenas locais, de ambos os sexos. Essa colaboração tem como objetivo reforçar o apoio às operações especiais, com ênfase em táticas de guerra de resistência, utilização de dispositivos de comunicação avançada e obtenção de informações críticas. Os indígenas estão sendo treinados para desempenhar funções essenciais, incluindo a monitorização das movimentações das tropas brasileiras na região e seus meios.
A localidade de Paratepuy, próxima ao tradicional Monte Roraima, e tendo à frente a terra Indígena Raposa Serra do Sol praticamente livre depois das ações neste ano pela FUNAI, IBAMA e Forças Armadas.
A inclusão de membros das comunidades indígenas nesses treinamentos evidencia uma estratégia mais abrangente por parte da Venezuela, buscando uma parceria local para amplificar suas capacidades operacionais em apoio a ações de guerra não convencional.
A região de Essequibo tem sido historicamente disputada entre Venezuela e Guiana, ambos reivindicando soberania sobre o território. As tensões se intensificaram nos últimos anos, especialmente devido às vastas reservas de petróleo e gás natural que se acredita estarem presentes na área.
A movimentação militar venezuelana em Paraitepuy é interpretada como uma resposta direta a essa disputa territorial, representando um claro sinal de que o governo de Caracas está decidido a fortalecer sua posição na questão de Essequibo. Especialistas em geopolítica expressam preocupações quanto a essa escalada militar, temendo uma resposta regional que poderia afetar a estabilidade na América do Sul.
Importante notar que, até o momento, não há confirmação oficial por parte das autoridades venezuelanas sobre o envio desses contingentes. O governo da Guiana está monitorando de perto a situação e avaliando as possíveis implicações dessa movimentação militar.
Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com cautela e insta os países envolvidos a buscarem soluções diplomáticas para resolver suas divergências, evitando uma escalada militar que poderia ter consequências devastadoras para a região.
*FONTE: Defesa Net