Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (02), o prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmaram que a cidade vive uma epidemia de dengue.
A cidade do Rio registrou 44,2% dos casos de dengue notificados em todo o ano passado apenas no mês de janeiro deste ano.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, foram 22.959 casos em todo 2023. Apenas em janeiro de 2024 foram 10.156 ocorrências.
Um decreto deve ser publicado no Diário Oficial sobre a situação da cidade do Rio e confirmando a situação de epidemia.
“A gente bateu o recorde de internações por dengue na história do município com 362 casos de pessoas internadas apenas no mês de janeiro”, afirmou o secretário Municipal de Saúde.
Segundo Soranz, a curva de crescimento dos casos de dengue no Rio começou a subir mais cedo do que o esperado, em comparação com dados de anos anteriores.
“A gente sabe que os meses nos quais temos maior incidência dos casos de dengue são os meses de março, abril e início de maio. E a gente vê uma curva ascendente logo no começo do mês de janeiro, aumentando a nossa preocupação”, afirmou o secretário.
Soranz ressaltou na coletiva que a curva de casos de dengue deve seguir um caminho de crescimento até o mês de maio. De acordo com ele, o diagnóstico precoce ajuda a evitar internações e óbitos.
“A gente tem que ficar atento aos sintomas: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo e nas articulações, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo”, disse o secretário do Rio.
Segundo Soranz, as regiões de Campo Grande e Guaratiba são as mais atingidas. O Grande Méier, Grande Tijuca e a área de Santa Cruz também têm casos acima da média da cidade.
“Nos últimos 90 dias, a curva é ascendente. A gente chegou a ter, em um único dia, 569 casos notificados”, afirmou o secretário do Rio.
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