Justiça torna réus 7 envolvidos no sequestro de Marcelinho Carioca

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia apresentada contra sete acusados de envolvimento no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara de Oliveira, ocorrido em dezembro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Com isso, os sete agora se tornam réus por diversos crimes relacionados ao ocorrido.

Dos acusados de envolvimento no crime, quatro foram presos em flagrante e continuam detidos: Jones Santos Ferreira, Wadson Fernandes Santos, Eliane de Amorim e Thauannata dos Santos. Outros três ainda são procurados pela polícia: Matheus Eduardo Candido Costa, Caio Pereira da Silva e Camily Novais da Silva. Todos tiveram prisões preventivas autorizadas pela Justiça.

O grupo criminoso foi denunciado pelo Ministério Público por crimes como associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro. O caso é investigado pela Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, que acredita que ao menos dez pessoas participaram do sequestro de Marcelinho.

Ao portal G1, a defesa de Jones reconheceu que ele conseguiu as contas bancárias de outras pessoas para movimentação do dinheiro no caso, mas que desconhecia que seria um sequestro. A defesa de Thauannata, por sua vez, informou que ela “é presumidamente inocente até que se prove sua culpa além de qualquer dúvida razoável”.

O advogado de Eliane disse que a mulher “simplesmente emprestou a conta para sacar os valores” e que ela não participou do sequestro. O advogado que defende Wadson afirmou que não pode passar informações sobre a defesa. As defesas de Caio, Matheus e Camily não foram localizadas para comentar o assunto.

SOBRE O SEQUESTRO
Marcelinho relatou à polícia que foi ao show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, em São Paulo, no dia 16 de dezembro do ano passado. Ao sair do evento, ele passou na casa de Taís para deixar ingressos para outro show do artista que seria realizado no dia seguinte.

No entanto, os dois teriam percebido a aproximação de três criminosos e tentaram se esconder abaixados no carro do jogador, mas foram forçados a abrir a porta do veículo. Marcelinho disse que levou uma coronhada no olho esquerdo e que os bandidos chegaram a dar voltas com o carro por um baile funk antes de levá-los para um cativeiro em Itaquaquecetuba.

Antes de ser resgatado, Marcelinho disse que ele e a amiga foram obrigados pelos criminosos a gravar um vídeo dizendo que tinham um caso e que haviam sido sequestrados por vingança. A polícia, porém, disse que a ideia dos bandidos era criar uma pista falsa com a gravação.

Ainda de acordo com as investigações, os criminosos teriam usado o celular do ex-jogador para pedir dinheiro a familiares e conseguiram ao menos uma transferência de R$ 30 mil. Após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar encontrou o cativeiro onde Marcelinho e Taís estavam e resgatou ambos no dia 18 de dezembro.


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