O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou um novo estado de emergência nesta quarta-feira (22) em sete das 24 províncias do país, e em uma área em outra província, citando um crescimento no número de mortes violentas e outros crimes nessas jurisdições.
A medida estará em vigor por 60 dias nas províncias de Guayas, El Oro, Santa Elena, Manabi, Sucumbios, Orellana e Los Rios, além de uma área da província de Azuay, segundo decreto assinado por Noboa, que, em janeiro, declarou o Equador em guerra e designou 22 gangues criminosas como grupos terroristas.
O decreto foi enviado à Corte Constitucional, disse o governo ontem. A corte decidiu neste mês que uma declaração de emergência anterior em cinco províncias não havia sido suficientemente justificada e a cancelou.
Forças de segurança poderão entrar em casas e interceptar correspondência nessas províncias sem autorização prévia, determina Noboa, no decreto.
O presidente culpa gangues de drogas que transferem cocaína da Colômbia e do Peru por meio do Equador pela violência — incluindo a invasão de uma emissora de televisão por homens armados em janeiro e agentes penitenciários tomados como reféns.
Ele já utilizou declarações de estado de emergência para intensificar operações policiais e militares para combater milhares de assassinatos e outros crimes.
O gabinete do procurador-geral investiga oito assassinatos extrajudiciais que teriam ocorrido durante o mais recente estado de emergência do país, após grupos de direitos humanos alertarem que as autoridades não estão adotando medidas para evitar abusos.