A audiência com o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura teve início sem a presença de governistas para apaziguar o clima de tensão que parte da oposição em relação ao governo Lula após o apelidado ‘escândalo do arrozão’. O depoente afirmou que “foi voto vencido” diante do colegiado que reuniu Ministério da Fazenda, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério do Planejamento e Ministério da Fazenda para decidir sobre a importação do arroz. “Eu entendi que quando fosse voto vencido, deveria acompanhar o governo”, iniciou.
Ponto alto da audiência que segue em execução, foi o momento em que Geller detalhou a forma de sua demissão, contrariando a alegação de que ele teria sido exonerado ‘a pedido’. “Com relação a minha demissão, eu não tenho nada a esconder. O ministro Fávaro não me recebeu. Eu esperei no ministério da Agricultura. […] Eu não pedi demissão. Está documentado. Eu documentei, via e-mail. Acusei o pedido de demissão e pedi correção, pois a demissão não se dava a pedido”.
Geller admitiu que se recente por se tornar o bode expiatório do governo. “Eu não devo. E, por isso, que eu fiquei chateado, sim, com o ministro da Agricultura com a forma como eu saí do governo”, disse.