Globo pode sofrer processo milionário movido pelo Sindicato do Artistas

O Sindicato dos Artistas e Técnicos do Rio (Sated/RJ) avisou que vai processar a Globo. A entidade decidiu enfrentar a emissora na Justiça por conta do baixo valor pago aos atores pelas reprises das novelas. Para Hugo Gross, presidente da instituição, a empresa trata a categoria com desdém.

“Vem tratando a categoria com muito desdém os profissionais que fizeram a emissora ser campeã de audiência”, reclamou o ator, ao F5. O veterano disse que o trabalho e o direito autoral são “são direitos irrenunciáveis” e informou que o sindicato vai “lutar com unhas e dentes dentro da esfera judicial” pela causa dos artistas.


Nos últimos dias, um comentário de Mateus Solano, que não tem mais contrato fixo com a Globo desde o ano passado, repercutiu. O ator, que interpretou um dos protagonistas de Viver a Vida (2009), trama que voltará ao ar, ironizou: “Quanto será que o Canal Viva vai faturar? E nós, os intérpretes? Direito autoral não é favor”.

Já Sérgio Marone, se uniu ao colega de profissão e também expôs sua indignação. “Novelão! Que também fez sucesso por causa dos atores. Quanto será que os atores vão ganhar com essa reexibição? Por que o canal Viva vai faturar bastante”, apostou.

Globo é alvo constante de reclamações

Além de Mateus Solano e Sérgio Marone, diversos ex-atores da Globo já reclamaram publicamente dos baixos valores que recebem quando algum trabalho é reprisado ou vendido para outros países (direitos conexos). Há quatro anos, Maria Zilda contou que recebeu R$ 237,40 pela reexibição de Selva de Pedra no Viva.

“Quando o Viva inaugurou, o canal não tinha patrocinador, não tinha anunciante. Então, eu entendia eles não pagarem. Depois, começaram a ter comerciais e anunciantes, só que continuaram sem pagar”, pontuou a veterana.

A Globo já se manifestou sobre o assunto e afirmou que é defensora dos direitos autorais: “A Globo efetua todos os pagamentos referentes aos direitos autorais e conexos devidos a autores, diretores e atores, em obras reexibidas ou exibidas nos canais pagos e no Globoplay, de acordo com os contratos celebrados com cada um”.

“Reconhecendo a importância da preservação dos direitos de propriedade intelectual, dos quais é uma grande defensora”, completava a nota.


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