Justiça nega medida protetiva a marqueteiro de Ricardo Nunes

Duda Lima, marqueteiro do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), teve negado pela Justiça um pedido de medida protetiva contra Nahuel Medina, integrante da campanha de Pablo Marçal (PRTB) com quem ele se envolveu em uma briga no final do debate do Flow Podcast, na última segunda-feira (23), e que terminou com um soco desferido por Medina.


Na decisão, emitida na última quarta (25), a juíza Tânia Silveira entendeu que os elementos apresentados pela defesa de Duda Lima não eram suficientes para que a medida fosse concedida. Segundo a magistrada, não existe notícia de ameaças anteriores ou qualquer elemento que indique perseguição de Medina a ele.

Diante da decisão, a defesa do marqueteiro entrou com um novo pedido de medida protetiva contra Medina. O advogado Daniel Bialski, que representa Lima, disse que o novo pedido traz os exames atestando “gravidade maior da lesão sofrida” e que outros vídeos foram anexados à peça, além de outras “provas cabais da agressividade” do funcionário de Marçal.

O marqueteiro relatou que precisou levar seis pontos no corte, foi medicado e passou por exames no Hospital Albert Einstein, incluindo uma tomografia. Durante o atendimento médico, foi aconselhado a buscar acompanhamento especializado, devido à possibilidade de sua visão ter sido afetada.

À Polícia, o marqueteiro descreveu a agressão como ato de “extrema violência, pelas costas, perpetrado de forma ardilosa e planejada” pelo assessor do empresário.

Após a agressão, Medina foi levado para a 16ª Delegacia de Polícia, onde a ocorrência foi registrada como lesão corporal. Advogado da campanha de Marçal, Tassio Renam disse que Medina agiu em legítima defesa, pois Duda Lima teria tentado tomar seu celular momentos antes. O assessor de Marçal prestou depoimento na madrugada da última terça (24) e foi liberado.

Já Bialski afirmou que a versão da defesa de Medina não faz sentido, pois o episódio do desentendimento sobre o celular não teria sido simultâneo ao soco, mas ocorrido alguns minutos antes. Por isso, o assessor de Marçal figurou no boletim de ocorrência como autor, enquanto o de Nunes entrou como vítima.

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