Após avião da FAB cair, ex-comandante critica cortes no orçamento

O comandante da Aeronáutica no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, comentou a queda de um caça F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB) nesta terça-feira (22) no Rio Grande do Norte. Ao falar sobre o assunto, o militar criticou os “recorrentes cortes orçamentários”, que, de acordo com ele, têm impedido a substituição de aeronaves como a que caiu.

– Fabricada em 1972 (isto mesmo … há 52 anos), esta Aeronave de Caça – FAB4866 – da nossa Força Aérea Brasileira nos deixou hoje [terça, 22], em um acidente, logo após a decolagem da Base Aérea de Natal. Que os recorrentes cortes orçamentários não continuem impedindo a substituição da frota de F-5M por aeronaves mais modernas, como os F-39E/F Gripen. Agradeço pela ejeção bem-sucedida do piloto – disse.


SOBRE A QUEDA

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu nesta terça-feira (22) em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. A aeronave, um F-5M Tiger II, estava na região para participar da CRUZEX, um exercício aéreo multinacional que ocorre no início de novembro. De acordo com a FAB, o piloto conseguiu ejetar do avião antes que o equipamento caísse e foi resgatado.

– O militar, antes de realizar o procedimento de ejeção da aeronave com sucesso, direcionou-a para uma região desabitada, havendo sido resgatado por equipe de salvamento da FAB. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investigará o acidente a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes para evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram – disse a FAB.

Relatos apontam que, logo após decolar, o caça teria apresentado problemas nos motores. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram chamas saindo da aeronave. Após a queda, uma grande nuvem de fumaça se formou no local onde o avião caiu.

A Cruzeiro do Sul Exercise (CRUZEX) 2024, evento que teria a participação da aeronave, é o maior exercício aéreo multinacional organizado pela FAB. A atividade tem o objetivo de simular cenários de guerra complexos, proporcionando treinamento conjunto entre diversas forças aéreas.

Neste ano, estão confirmadas as participações de nove países, entre eles Paraguai e Portugal, que integrarão a atividade pela primeira vez. Outros países, como Estados Unidos, Argentina e Chile também estarão presentes com caças e aeronaves de transporte e reabastecimento, enquanto nações como Alemanha, Suécia e África do Sul participarão como observadores.

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