A Justiça determinou nesta sexta-feira (25) que o vice-presidente do PT no Distrito Federal (DF), Wilmar Lacerda, continue preso por suspeita de pedofilia. A decisão foi tomada após audiência de custódia, em que o político é investigado por supostas práticas criminosas envolvendo jovens de 13 a 17 anos.
As investigações tiveram início após uma denúncia contra um empresário do DF, amigo de Wilmar.
A defesa de Lacerda argumenta que a prisão se baseia em “equivocadas premissas e fantasiosas deduções elásticas”, ressaltando que o político está colaborando com as autoridades. Os advogados também anunciaram a intenção de entrar com um pedido de habeas corpus. Em nota, o PT informou que Wilmar está afastado cautelarmente da sigla até que os fatos graves relatados sejam esclarecidos.
Wilmar Lacerda foi preso na quinta-feira (24), em uma via pública na Asa Sul, durante uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A abordagem foi realizada por três policiais que portavam um mandado de prisão preventiva contra ele, e o celular do político foi apreendido.
A operação, denominada Predador, teve início em agosto de 2024, quando um empresário de 61 anos, amigo de Wilmar, foi preso. Este empresário é suspeito de aliciar e abusar de “dezenas de adolescentes, a maioria com 12 e 13 anos”. Uma das vítimas, atualmente com 16 anos, relatou que sofreu abusos desde os 13 anos.
Os investigadores descobriram que o empresário organizava festas com meninas em uma chácara em Brasília, oferecendo presentes a elas. Apesar de ter conseguido um habeas corpus na ocasião, o empresário tentou fugir, resultando na decretação de sua prisão preventiva. Ele também é suspeito de pagar as vítimas pela prática de sexo, com valores chegando a R$ 1 mil para meninas virgens.