O ministro do Trabalho e Emprego do governo Lula, Luiz Marinho (PT-SP), reconsiderou sua decisão de pedir demissão depois de ameaçar deixar o cargo. A ameaça foi motivada pelo temor de que o pacote de corte de gastos impactasse negativamente sua pasta.
A mudança de postura ocorreu depois de ele ser incluído nas discussões sobre as medidas fiscais. “Eu disse que se não fosse envolvido, colocaria meu cargo à disposição”, afirmou Marinho. “Mas fui ouvido. Participei de todo o debate. Será anunciado.”
Essas medidas foram anunciadas na quarta-feira 27 pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP). Um dos principais pontos das novas medidas é a alteração na forma de reajuste do salário mínimo.
O cálculo agora será feito dentro do novo arcabouço fiscal, em vez de ser baseado na inflação e no PIB de dois anos anteriores.
No mês passado, Marinho expressou descontentamento ao ser questionado sobre possíveis cortes no Ministério do Trabalho e Emprego, afirmando que qualquer decisão sem sua participação seria uma “agressão”.
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