Pelo menos 110 pessoas morreram após um massacre na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, no Haiti. O ataque, ocorrido na última sexta-feira (09), foi direcionado a praticantes de vodu, segundo informações do jornal The New York Times. O principal suspeito de ser o mandante do massacre é Monel Félix, que teria agido por vingança pessoal, após a morte de seu filho, a qual ele atribuiu a práticas de feitiçaria.
A Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH) informou que todas as vítimas eram idosos praticantes de vodu.
Félix já havia sido acusado de perseguição religiosa pela RNDDH. A situação no Haiti tem se agravado com o aumento de ataques de gangues.
Desde o início do ano, esses grupos intensificaram suas ações contra instituições governamentais e civis, gerando um clima de medo e incerteza no país.
A pacificação da região tem sido atribuída à Missão Multinacional de Suporte à Segurança, que conta com a presença de policiais do Quênia.
Grupos armados, que controlam 80% de Porto Príncipe, têm metade de seus integrantes formados por menores de idade. O dado foi revelado em um relatório divulgado pela Unicef.
Segundo a agência da ONU para a infância, o recrutamento de crianças e adolescentes cresceu 70% entre 2023 e 2024, impulsionado pela extrema pobreza e pelo colapso dos serviços básicos no país.
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