Lula faz atos em memória ao 8/1 sem os presidentes dos Poderes

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza nesta quarta-feira (8), uma série de eventos em memória aos atos de 8 de janeiro de 2023, que completam dois anos nesta data. O chefe do Executivo convidou os presidentes dos outros Poderes para aumentar o peso político dos eventos, mas Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara) e Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal) não compareceram.

O evento para relembrar a invasão e depredação das sedes dos Poderes, em 2023, é dividido em quatro atos. O primeiro ocorreu às 9h30 (de Brasília) na Sala de Audiências do Palácio do Planalto. A ideia foi fazer a reintegração de obras de arte que foram danificadas. Elas foram entregues na sede do governo depois de serem restauradas na última segunda (6) e nesta terça-feira (7).


O acervo reapresentado inclui o relógio do século XVII de Balthazar Martinot e André Boulle, presente da Corte francesa a dom João VI em 1808. A peça foi restaurada na Suíça. Além do relógio, uma ânfora (tipo de vaso) portuguesa em cerâmica esmaltada.

O segundo ato estava previsto para começar às 10h30. Será feito o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti. Além disso, alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregarão ao presidente réplicas que produziram da ânfora e de As Mulatas.

O terceiro momento trata-se de uma cerimônia com a presença de autoridades no Salão Nobre do Palácio do Planalto às 11 horas.

Para o evento, o governo convidou os três chefes dos Poderes, porém, nenhum compareceu. Com a ausência de Pacheco e Barroso, o Senado enviou o vice-presidente Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); já o STF, o vice-presidente Edson Fachin. O ministro Alexandre de Moraes e a ministra Cármen Lúcia também estão presentes.

Este será o segundo ano consecutivo que Lira não participará das celebrações da data. Ano passado, o alagoano, que discursaria no evento, citou problemas de saúde na família, e ficou em Maceió (AL).

A gestão federal também convidou os 27 governadores para os atos. No entanto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está de férias e não comparecerá à cerimônia.

Após a cerimônia no Salão Nobre, Lula descerá a rampa do Planalto com as principais autoridades presentes em direção à Praça dos Três Poderes, onde será feito o quarto e último ato. Tal evento será denominado de “Abraço da Democracia”.

Esse ato está sendo organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e movimentos sociais. De acordo com integrantes do governo, a previsão era de que até mil pessoas participem do evento, que conta com a participação de 60 entidades representativas.

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