Madonna criticou as recentes ordens executivas do presidente Donald Trump, afirmando que elas são direcionadas contra comunidades vulneráveis. Através de sua conta no X (anteriormente Twitter), a cantora manifestou seu apoio à comunidade LGBTQ+ após a assinatura de um decreto que proíbe pessoas transgênero de se alistarem e servirem nas forças armadas dos Estados Unidos.
“É muito triste ver como nosso novo governo está desmantelando lentamente todas as liberdades pelas quais lutamos e GANHAMOS ao longo dos anos. Não abandonem a luta!”, escreveu Madonna, acompanhando sua mensagem com um emoji da bandeira do orgulho LGBTQ+ e um coração partido.
O decreto intitulado “Priorizando a Excelência e a Preparação Militar”, assinado por Donald Trump na segunda-feira, 27 de janeiro, restaura uma política de seu primeiro mandato que reverte a ordem de 2021 de Joe Biden, a qual permitia que pessoas transgênero servissem abertamente no exército. Além disso, em sua primeira semana de volta à Casa Branca, o presidente eliminou as iniciativas de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade.
Madonna tem sido uma firme defensora dos direitos LGBTQ+ desde a década de 1980, quando se pronunciou sobre a crise do HIV/AIDS e apoiou os direitos da comunidade gay. Em 2019, ela recebeu o prêmio Advocate for Change nos GLAAD Media Awards por seu ativismo.
Esta não é a primeira vez que a famosa critica o político. Quando o empresário ganhou as recentes eleições nos Estados Unidos, a “Rainha do Pop” mostrou seu descontentamento por meio de suas histórias no Instagram. A cantora deixou claro que não está contente com seu novo governante, ao postar uma fotografia de um bolo com a legenda “F***K Trump” e a frase “enchei meu rosto com este bolo na noite anterior”.
Além disso, em outra história, Madonna aparece com uma expressão de surpresa, acompanhada do texto: “Tentando entender por que um delinquente condenado, estuprador e intolerante foi eleito para dirigir nosso país. Porque é bom para a economia?”.
Sarah Kate Ellis, presidente da GLAAD, também condenou em um comunicado a proibição de pessoas transgênero se alistarem e servirem nas forças armadas dos Estados Unidos, imposta pelo presidente Trump.
“As pessoas transgênero já estão servindo no exército com honra e fortalecendo nossa segurança. Elas cumprem os mesmos rigorosos padrões de saúde e preparação. As declarações imprecisas da administração Trump não se baseiam em fatos. Já enfrentamos isso antes com a eliminação do Don’t Ask, Don’t Tell e a proibição anterior de Trump aos militares trans. Discriminar membros do serviço por sua identidade só torna nosso país menos seguro”, expressou Ellis.
Madonna não é a única celebridade que reagiu contra as políticas de Donald Trump. Em um vídeo no Instagram, que posteriormente foi deletado, Selena Gomez expressou sua angústia pela deportação de imigrantes indocumentados. “Toda a minha gente está sendo atacada… as crianças. Eu não entendo. Sinto muito. Gostaria de poder fazer algo, mas não sei o que fazer. Tentarei de tudo, prometo”, disse entre lágrimas.
Em 6 de novembro, Billie Eilish afirmou durante seu show em Nashville que “alguém que odeia muito as mulheres vai ser o próximo presidente dos Estados Unidos”. A artista ressaltou que realmente não tinha vontade de fazer o show naquele dia, mas seus fãs são sua motivação.
Essa crítica vem das múltiplas acusações de abuso sexual de várias mulheres contra o político. Apesar de muitas não terem tomado ações legais contra Donald Trump, outras chegaram às últimas instâncias para obter justiça.
Isso aconteceu no julgamento contra a colunista E. Jean Carroll em 2022, que o acusou de abuso sexual, graças à Lei de Sobreviventes Adultos, aprovada em Nova York, que permite às vítimas apresentarem ações civis além dos prazos de prescrição vencidos.