Ditadura de Maduro pede fechamento dos consulados Chilenos na Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores do Chile informou nesta sexta-feira que o regime da Venezuela solicitou o fechamento dos dois consulados chilenos, em Caracas e Puerto Ordaz, “como consequência da suspensão das relações diplomáticas entre os dois países”.

“O Governo do Chile lamenta esta situação, que afeta milhares de compatriotas na Venezuela e cidadãos venezuelanos que necessitam de atendimento consular, e informa que está avaliando as diversas alternativas disponíveis para garantir o apoio necessário aos compatriotas residentes naquele país”, indicou a Chancelaria chilena em comunicado.

A embaixada chilena na Venezuela permanece fechada desde agosto, quando o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou a saída da diplomacia chilena após o presidente Gabriel Boric ter classificado como fraudulentas as eleições de 28 de julho, que o líder chavista afirma ter vencido, apesar de não apresentar as atas.

O Governo do Chile resistia a declarar a ruptura das relações com a Venezuela, mas o chanceler venezuelano, Yván Gil, assegurou que estas estão rompidas desde agosto.

A relação entre Chile e Venezuela já estava tensa antes das eleições de 28 de julho devido à atuação da banda criminosa de origem venezuelana Tren de Aragua e ao assassinato em Santiago, há um ano, do ex-militar venezuelano Ronald Ojeda.

O procurador nacional do Chile, Ángel Valencia, confirmou na semana passada que três das testemunhas da investigação pelo crime de Ojeda apontam autoridades do regime venezuelano como responsáveis e que pelo menos uma delas indica que “a encomenda e o pagamento teriam vindo do senhor Diosdado Cabello”, atual ministro do Interior venezuelano.

A tese da Procuradoria chilena, que desde o início das investigações se baseou em um “motivo político”, é também apoiada pelo Governo de Boric.

Dissidente do chavismo e asilado político no Chile, Ojeda foi sequestrado em 21 de fevereiro de 2024 em sua casa em Santiago e seus restos foram encontrados dez dias depois em uma localidade periférica da capital, sepultados sob um bloco de cimento.


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