Nesta terça-feira (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que as plataformas com direitos de distribuição do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escolas” suspendam a exibição, disponibilização e oferta do longa imediatamente. A medida prevê o pagamento de uma multa diária de R$ 50 mil caso a decisão não seja cumprida pelas plataformas em até cinco dias.
Por meio de comunicado enviado para a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Globoplay e o Telecine chamaram de “censura” a determinação do Ministério da Justiça.
O longa-metragem está disponível no catálogo dos dois serviços do grupo Globo, que se disse atento “às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos” da obra. No entanto, a empresa afirmou que “a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura”.
– A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida. O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra – apontou o comunicado.
Ainda no texto, Porchat defendeu que “temas super pesados são retratados o tempo todo no audiovisual” e que vilões podem assumir papeis de racistas, pedófilos e nazistas, uma vez que são ficcionais.
Lançado em 2017, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” voltou a chamar atenção por ter entrado no catálogo da Netflix e apresentar cenas escatológicas retratando a pedofilia. Em uma das cenas do filme, que é baseado em um livro homônimo escrito pelo apresentador Danilo Gentili, aparece o personagem de Fábio Porchat tentando abusar sexualmente de dois adolescentes.